domingo, 25 de março de 2012

Natalidade

Enfiei-me em mim como se pretendesse possuir algo de mim que ainda não conhecera
Adentrei na escuridão escorregadia inalando o odor do desconhecido
Não havia o que temer, não me ousaria ferir-me
Vaguei pelas minhas veias encharcadas pelo vermelho do meu sangue
Embalei-me nas batidas avechadas do âmago inquieto
Continuei a jornada com certa euforia e não sabendo ao certo o que fizera ali, aqui em mim
Agachei-me lentamente eu meu útero e repousei como jamais antes acontecera
De repente, vi-me saindo de mim como que se houvesse pressa e urgência em fazê-lo
Sai! Os olhos ainda embaçados por fina película esforçavam-se para ver adiante
O exterior de sempre... igual... mas diferente
E enfim, nascendo de mim, pude dar meu primeiro choro de vida

5 comentários:

  1. Boa noite!
    Auto conhecimeneto,
    renascimento, VIDA!!
    Isso garota, recomeçar sempre!
    Nem que para isso, precisamos
    ir ate o fundo de nossa alma,
    do nosso corpo.
    Assim, nos podemos nos restaurar
    e dar a volta por cima...Isso se chama VIDA!!
    Te amodoro e estou feliz por tua volta,
    Não fique ansiosa, sempre que der, alguem aparece.
    Mas escreva sempre, escreva para voce mesma,
    e uma excelente terapia e forma de desabafar.
    Bjinhos queridos em teu coração!
    Seja sempre bem vinda flor!

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  2. Olá, Boa noite, Parabéns pelo Blog, ele é maravilhoso...

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  3. Adorei essa profundidade!!! Perfeito!

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  4. Impressiva descrição do momento iniciático

    Bjo

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