murchas, sem cor, sem vida, sem folha
defuntas duma árvore qualquer que segue sua vida sem prestar luto algum
De nada serviria, de nada valeria
Marca a página qualquer dum livro que há tempo lia
Ressecada num marrom gélido, achatada por letras e frases e palavras sem sentido qualquer
Há quem lembre-se de que um dia houve um cheiro? um frescor? uma beleza?
A mão que a arrancara-lhe há de prestar luto ou remorso?
Os pássaros ainda cantam sua beleza de outrora
O livro há de guardá-la como tumulo vindouro
E os dedos que lentamente passam as páginas
Há de em fim tocá-la
E mesmo ressequida
Alguém há de lembrar seu nome
Flor!

"O livro há de guardá-la como tumulo vindouro"
ResponderExcluirEta que sede de ler-te, poetisa da sensibilidade natural...
Trazes mais para cá que a sede é grande... Xero
ventos trazem boas visitas.... vem sempre flor
ResponderExcluir