sexta-feira, 4 de março de 2011

Medo

Tenho medo de não saber amar, medo de deixar de arriscar, de me aventurar, me jogar
Tenho medo de perder a coragem de arriscar-me por meus amigos, de ser POR e COM eles em toda hora e momento
Tenho medo de não conseguir mais acreditar em pessoas, de não crer que exista bondade
De não ver o belo no simples, de não achar lindo uma folhinha seca sendo levada pelo vento
De não correr e abrir as janelas e portas quando a chuva vem (adoro a chuva) e não poder conversar com minhas flores enquanto se refrescam com a água que cai
Tenho medo de perder de certa forma a fragilidade que me compõe, tenho medo de deixar de ser chorona, sensível e as vezes até fantasiosa
Tenho medo de ter medo do escuro, de andar na rua, de olhar nos olhos das pessoas, de sorrir a um estranho, de ajudar a quem não conheço
Tenho medo de ter medo de viver, de ser quem sou, de gostar de estar sozinha em casa lendo meus livros, vendo meus filmes, ouvindo minhas músicas
Tenho medo de ser controlada, comedida, moldada e engessada por esse medo assolador que aprisiona e envelhece
Quero não tenho medo de viver. De abrir os braços de olhos fechados e abraçar o que vier. Quero continuar escrevendo meus sentimentos, sofrimentos e contentamentos. Minhas histórias em fim, fragmentos do que sou na verdade e com verdade continuar sendo.

3 comentários:

  1. Lu querida,

    O medo faz parte de nós, nem sempre ele é tão ruim como pensamos, podemos nos fortalecer com ele, podemos enxergar que através dele, tem cores mais fortes e um mundo mais atrativo para que possamos descobrir.
    Sentir medo e lutar para não sentí-lo nos torna mais fortes.
    Esse seu momento de medo por exemplo fez nascer em vc, mais uma poesia, uma dor em palavras, que passa para todos os seus leitores o quanto és forte e cheia de luz.
    O significado de seu nome diz isso: LUTADORA.
    Força minha flor, as flores desabrocham prá vc.

    ResponderExcluir
  2. Como sempre um comentário fortalecedor e muito cheio de energia BOA, aquela energia que indica caminhos. Somos todos moldados no medo e pelo medo. É ele que nos faz desistir, mas também nos faz lutar. E eu quero lutar até sangrar.

    Bjs querida

    ResponderExcluir
  3. "Quero não tenho medo de viver. De abrir os braços de olhos fechados e abraçar o que vier. Quero continuar escrevendo meus sentimentos, sofrimentos e contentamentos. Minhas histórias em fim, fragmentos do que sou na verdade e com verdade continuar sendo."

    Adorei...
    Somos fragmentos e o todo de nós mesmo.
    Amo

    ResponderExcluir

Cada click é um toque, um afago, um carinho. Obrigada por ter vindo, lido e comentado. Paz!