quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Porque continuar lutando?

Pergunta difícil de responder. Às vezes é tudo tão difícil, tudo tão calcificado, dolorido, penoso, custoso (poderia passar o dia aplicando adjetivos). Às vezes sinto que estamos em guerra. E não é uma guerra entre nações, é uma guerra dentro de nós, com direito a feridos e mortos. Imagino que em meio a esta guerra é fundamental motivar-se no que um verdadeiro guerrilheiro espera: Voltar pra casa!
É nisso que penso quando estou numa guerrilha tão aguda que cega meus sentidos e oprime minha força. Levanto a cabeça, limpo o sangue e a arma e continuo lutando. Voltar pra casa é voltar ao lugar da paz, é sossegar-se num canto dentro de você e respirar a tranqüilidade dos vencedores, ainda que feridos ou mutilados. É sentar-se na beira da cama e olhar os ferimentos ocasionados pela guerra com amor e respeito e limpa-las, tratá-las e cuidá-las.
Tenho consciência de que muitas destas guerras são solitárias e que nem isso é motivo para desistir da luta. Se desistirmos, estaremos desistindo de nós. Minhas lutas são minhas e a ninguém mais pertence. A única coisa que quero e espero é que na volta pra casa, eu tenha ao menos um abraço ou um ombro para segurar-me.
Mais que isso, sararei todas as minhas feridas porque, igualmente a mim, há de virem muitos outros guerrilheiros feridos e eles precisarão de mim. E eu estarei lá. E simplesmente direi: é bom tê-lo de volta em casa.

Luiza de França, 24/02/2011, as 09h30min

4 comentários:

  1. Guerra é uma coisa grandiosa.
    Hoje, até uma batalha me cansa, me nortei.

    A paz que precisamos achar em nosso interior proverá por essa devastidão que o combate deixa, do momento de aridez que germinará;
    Será na hora em todos morrem, ficam os fantasmas, a solidão permabula no interior que o resgate vem em busca do sobrevivente que sou eu mesmo. Eis Viver. Eis um combate eterno.

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  2. Lu querida!

    Espero que você consiga superar todos os obstáculos dessa guerra particular, você é forte e muito guerreira.
    Estou em guerra também, uma dessas que nos devasta e nos oprime, mas sei que no meu mais fundo de mim, tenho condições de vencer.
    Desejo isso à você também.
    Conte comigo flor!!

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  3. Bia:

    "Guerra é uma coisa grandiosa". Isso me fez pensar que não me sinto tão grande. Mas não tem jeito né?! Tem que pôr a armadura, mesmo que folgada e ir para a peleja. Vencer é apenas uma consequencia da coragem MEDROSA de expor ao combate. E eu sei que te tenho no meu solitário exército. Como também tens a mim. Te amo amiga!

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  4. Tatá:

    Guerra particular! Muito bem colocado anjo. é tudo tão escuro que dá um medo, um arrepio. Ah, mas tem que seguir não é?! não será a primeira nem a última guerra a enfrentarmos. e haja o que houver, nunca desistirei.

    Bjao, adorei a visita.

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