quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coisa de gente grande

Aprendi que nem todas ovelhas, são de fato ovelhas. E que nem todas as raposas são de fato raposas. Nem sempre a mão que se estende está de fato estendida. Nem todas que lhe atiram pedras de fato que rem te atingir. Nem todas as pessoas que dizem "eu te amo" de fato amam. Nem sempre os que nos inspiram confiança, de fato a merecem. Complicações de gente grande.

Mas aprendi também que nem tudo precisa ser justificado, explicado, e que existem certas inocências que não precisam ser provadas. Se temos Deus por testemunha, então que venham os exércitos. Ele se porá a nossa frente e combaterá conosco e algumas vezes Ele mesmo lutará em nosso lugar. É ai que cabe o silêncio. Certa vez li que a "inocência é silenciosa". Acredito mesmo que seja. Ao menos hoje eu acredito.

Somos tão imperfeitos, tão cheio de desvios, de inclinações, de julgamentos. As vezes recriminamos coisas no outro que nós mesmo fazemos. Num grau maior ou menor, mas fazemos. E mesmo que não façamos, a nós não cabe julgar o outro. Ao entrarmos nessa esfera é preciso ter a consciência de que nossos julgamentos uma vez feitos talvez não possam ser desfeitos, sempre terá concequência para quem é julgado. E mais, precisamos estar dispostos a ver o outro sofrer tais consequências. A pergunta é: Isso nos deixará tranquilos? A consciência permanecerá imaculada?

Sempre tive muita raiva quando tinha que assumir uma culpa que não era minha para não ver quem amava sofrer. Mas o sofrimento era infinitamente menor que o prazer de vê-la poupada. Hoje rimos das situações, das culpas infantis. Mas sempre considerei, isso desde criança, que minhas culpas são minhas e a mim cabe admiti-las. E as vezes que assim não agi, a noite me roubava o sono e o travesseiro me acusava. E, aquela atitude de criança para ver os irmãos ilesos, hoje não aplico. Veio a idade das consequências. Mas ainda continuo admitindo minhas culpas, as dos outros... bom a eles lhes cabe. E as que me são atribuidas - voltando ao início do texto - HOJE permito-me o silêncio e o prazer de ter um Deus tão bom por testemunha e mais ainda, combatendo COMIGO os MEUS combates. E tinha que ser Ele mesmo... Tem que ser Ele mesmo. Afinal é o único que nos conhece de verdade, sabe tudo o que está no nosso coração.

E assim a peneira da vida vai cumprindo seu papel separando o que é bom e o que é ruim. E cabe a nós seguir em frente, continuar acreditando no ser humano, criar novas perspectivas e alargar os horizontes. E o mais importante: continuar amando. Não permitir que nada nos torne frios, distantes, incapazes de demonstrar afeto ou mesmo raiva, incapazes de nos envolver mais uma vez, e outra, e mais outra e...

Como Sr. AJP costuma sempre dizer "deixar passar o que passa".

Tatá, Bia e Ninha: Isso também é para vocês... Amo vocês!!!

4 comentários:

  1. “O verdadeiro amor, aquele que realiza e ilumina, não é o amor que recebemos, mas o amor que damos”.
    (Mirra Alfassa)

    SIGA EM FRENTE, LUIZA!!!

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  2. Como diz o poeta " Se avexe não...."

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  3. Lu,

    Anjinho saiba que suas reflexões são minhas reflexões, por isso adoro lê-la e refletir seu pensar.
    Amo tudo isso aqui e amo a magia com que tranporta teu sentir em linha e delineias a vontade de amar amando.

    Anônimo (Acima), se tema lguém que conheço que nao tem pressa esse alguém é Luiza.
    Na sua serenidade segue e muito atenta ao mundo de si e dos outros, por isso tão especial



    TE AMO, amiga e irmã!
    Beijos

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  4. Maduro...lindo !!!!! beijo no coração minha amiga !!!!

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