terça-feira, 1 de março de 2011

Estou podando o meu jardim

Sabe aquelas matinhos com nome de “não sei o que” que insistem em nascer em volta das plantas e flores? Pois é, não consigo arrancá-las. Elas tomam conta de todo o espaço e se não tomar cuidado sufocam as demais. Tiro-as e voltam a nascem com mais velocidade que antes.
Existem coisas que assim como estes “matinhos” vêm nos sufocar. Mal nos livramos de uns e lá vêm outros. Cada vez mais fortes. E nem sempre adianta arrancar as raízes.
Levei um tempo observando a natureza e vi que isso é normal. É normal que cresçam ali. Tentei deter-me no lado bom. Observei seu verde espetacular, sua forma desregular insinuando um ar rústico, vi que os insetos preferiam mais a eles (os matinhos) que as plantas e observei também que, podando-os regularmente me renderia um belo gramado (ainda que frágil).
Assim o fiz. Aparei minhas plantinhas, retirei as folhagens secas, aparei os matinhos e me surpreendi como ficou belo.

Interessante como podemos aprender com a natureza. Aqueles matinhos até então insignificantes ajudaram-me a olhar para determinados problemas de uma forma diferente. Eles existem por algum motivo. E às vezes nos acompanharão pelo resto das nossas vidas. Mas é possível conviver com eles, aprender com eles, extrair deles alguma beleza por menor e mais rústica que seja.
E assim, podando o meu jardim, aprendi a admirá-lo ainda mais. E os meus problemas? Bem, continuam lá, mas o aparo de vez em quando e o resultado é um belo gramado. E o mais irônico é que continuo a pisar nele, seja ele problema ou gramado.

Um comentário:

  1. Muito bom, Luiza! Texto simples e belo (assim como todo jardim deve ser). "E o mais irônico é que continuo a pisar nele, seja ele problema ou gramado"... Arretado!

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