sábado, 12 de fevereiro de 2011

Meu diário de páginas brancas

(...) Escrevo
Mesmo que ninguém leia, escrevo
Me refaço das promessas que nunca cumpriram
Me reergo das ruinas que construiram em volta de mim


Fico em meu canto e canto para eu mesma dormir, e durmo
Já não choro mais por mim mesma e ninguém parece notar, e choro
Minha vida segue com um diário de páginas em branco, e escrevo... e queimo

Queimo e todos parecem gritar queimando suas mentiras, meus sonhos
E a fé, e a paz, e o sorriso... tudo queima e arde
E arde enquanto reina a minha raiva e tudo a queimar

Eles seguem consumidos por suas máscaras
Sabendo que ninguém se importa
Ninguém vê que estou lá, e estou... e ainda escrevo
E assisto a tudo... e tudo parece desaparecer...

Meu diário de folhas brancas, ninguém lê
O fogo... as promessas... A raiva... Arder...
E escrevo... escrevo... ainda vou escrever

Um comentário:

  1. Seu dário jamais ficará em branco, sem letras ou sentir... Sempre há perfume e mesmo que faltem palavras, tem sangue, tem vida.
    E...
    Escrevo contigo.
    Leio o branco ou as manhchas.
    Sinto o perfume de um sorriso ou o pus de umas feridas. Simplesmente sinto e LEIO.

    Um texto com feridas e promessas. Adorei..
    Te amo!

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