quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O riso

É natural que não consideremos o riso uma coisa séria. Ele próprio se encarrega de ridicularizar-se.

O grave cavalheiro que de repente abre as mandíbulas, atira para trás o crânio, lança as mãos à barriga e solta uma cascata de vogais estrídulas...

A solene madame que de súbito estende o bico de orelha a orelha, mostra duas fileiras de favas brancas e se põe a cacarejar...

Mas, ai de nós se nos faltasse o riso!
Nem queremos pensar.
Que funeral seria a vida!

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