terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lá vai ela

Lá vai ela
Solta, nua, brilhante e até indecente lá vai ela
Olhos curiosos tentam decifrá-la, (des) enigmatizá-la. Mas, indiferente, lá vai ela
Passeia desinibida e estonteante, sacolejando num ritmo perfeitamente frenético, lá vai ela
Ninguém sabe donde vem ou pra onde vai, sabe-se apenas que é dona de si, cheia de si
Seu perfume interrompe a normalidade e a moralidade do vento
Sua beleza interrompe e desarma a impetuosidade do tempo
Sua pegada beija com furor o asfalto desnivelado. Lá vai ela
Alma minha. Alma tua. Lá vai ela.

Um comentário:

  1. "Sua beleza interrompe e desarma a impetuosidade do tempo
    Sua pegada beija com furor o asfalto desnivelado"

    .................

    Gostei disto...

    beijos

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