quinta-feira, 30 de junho de 2011

O que estou lendo: A profecia Celestina - James Redfield

Pessoal estou lendo um livro - confesso que à passos de formiga - mas que é uma delícia. Envolvente, revelador e realmente dá vontade de ler bem lentamente para não perder nada, nenhuma vírgula, nenhum sentido.

O que estou lendo é a 42ª edição e tornou-se um fenômeno de vendas na década de 90 nos EUA. A editora é a Objetiva. Em 2006 Armand Mastroiani o transformou em filme estrelado por Matthew Settle. Ainda não vi o filme - descobri tudo isso "fuçando" a net a respeito do livro. Mas certamente irei vê-lo pois a crítica do filme foi muito boa.

Ele foi escrito como ficção e baseado nas próprias experiências do autor, retrata uma nova consciência espiritual a medida em que ela se expande. Cada Visão (são 9 no total) sugere um entendimento do mundo e de nós mesmos. Assimiladas em sequência, uma após a outra, divididas em partes, cada uma se refere a uma determinada compreensão da vida...

É também um convite para viver a nova realidade que se descortina para aqueles que querem VER, só depende de cada um nós, do nosso sim, do nosso eu quero. O Universo nos propicia meios para que as nossas aspirações mais profundas se realizem, respondendo no mesmo nível vibratório o que enviamos.

Somos o que pensamos e vivemos o que somos.

Indicadissímo!


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Conheço bem a mim (por Bia Cunha e Luiza França)

**O que segue, é uma parceria de Bia Cunha (incentivadora sempre) e Luiza França**

Você também poderá ver em http://www.edlabianca.blogspot.com/


Estou em meio ao caminho traçado para mim
...ainda há o que per-correr.

Antes que meu corpo se erga
eles, os olhos, vagueiam e procuram algo que me apeteça
involuntariamente olho
aquele rosto no pequeno espelho rachado que retiro da bolsa
percebo as linhas que logo cedo não haviam...
...calo-me do silêncio que me tonteia e tiro à força o ar
que entala meu pulmão.

Meus pés vão e vem alheios,
...e permaneço só.

Sento numa calçada qualquer, pois
preciso trocar meus calçados...
...retiro da bolsa o salto que erguerá
os sonhos e as necessidades. Contenho-me!
...recolho a rasteirinha que sustentou
a poeira e a pressa. Aquieto-me.

Nem Norte. Nem Sul. O ponteiro salta do Oeste e sequer chega ao Leste de mim
...não me perco de mim.

Minha personalidade não é múltipla,
meus passos sim.
A estrada que sigo é longínqua para quaisquer direções, não posso desistir de ir (onde?).
Não quero desistir.
Não vou . (onde?)
A bússola que me direciona parece quebrada por hora...

Silencio o coração que ainda insiste em pulsar
...conheço bem a mim

Os horizontes - se é que são reais - vão tornando-se cada vez mais verticais e altos
i n a l c a n s á v e i s.
O anil azul mostra-se a mim tão cinza e os ladrilhos vem estreitando meus passos
...canso.
Apanho, novamente, o pequeno e rachado espelho e retoco o batom vermelho
... intenso e triste.

Sigo.
E sigo bem sexy
porque...
...Conheço BEM a mim


Bia Cunha e Luiza França, 29/06/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O falso Rei

... E aquele reinado construído sobre a ignorância de muitos anuncia ruídos quase que imperceptíveis, todavia, há aqueles que ouvem. Ouvem e gritam o nome do falso Rei com suas armas erguidas. Sejam elas fé, coragem, esperança ou justiça.

A máscara do dito Rei cai enquanto ele corre para dentro de sua própria vaidade. A lama lhe serve de asilo e a utiliza então para fechar as arestas de seu carater até então oculto, desconhecido.

A multidão aglomera tanto os sedentos por justiça quanto os lastimosos por reconhecerem-se tolos. Vãs são suas lamúrias, eis que o tempo e a confiança depositada no falso Rei já não lhes servirá de arma de combate, ou mesmo defesa. Resta-lhes então revestirem-se da couraça da fé e seguir seus caminhos com tão preciosa lição.

Mas o povo, ora obstinados, seguem confiantes de que outro Rei não lhes enganarão. Porventura caiu sobre a terra o véu que lhes ocultava a visão real do que dizia-se ser realeza. De súditos à guerrilheiros, tomando como arma valiosa apenas a verdade, tão simplesmente a verdade.

E o reinado que nunca careceu de Rei ou de súditos – ora, nem reinado era -, agora já não tem muralhas, ou armas, ou mentiras, ou máscaras. Há apenas um povo que se reconhece e que não se deixa abater, quiçá enganar-se por melodiosos discursos banhados a ouro ou prata.

E o povo libertou-se!

Quanto ao "rei", bom, este encolheu-se em sua própria desventura. Necessitado por "reinar", reina em seu próprio isolamento e amargura a ira de suas próprias doutrinas.

sábado, 25 de junho de 2011

Com Maria, sempre

Sabe aquela sensação estranha, porém corriqueira, de não saber o que vai acontecer amanhã e, de tão ansiosa, já nem se lembra mais do ontem? É! Uma sensação que mistura desejos, expectativas e a certeza - mesmo incerta - de que sempre acontecerá o melhor.

Minha pirâmide de Maslow está um pouco bagunçada e cheia de lacunas (risos) e o mais estranho é que não estou com medo, ao contrário, estou confiante. Sinto que todos os acontecimentos concorrem para o nosso bem e só podemos perceber esse "bem" nos dedicando ao silêncio, à escuta. Gosto de dizer que o silêncio grita. É nele que encontramos respostas, enxergamos coisas, sentimos a verdade nas pessoas, sentimos até mesmo o amor delas (ou não).

Quem me conhece intimamente sabe da minha devoção à Maria, simplesmente Maria, a virgem do silêncio. A que soube dizer sim, a que soube ser mulher quando era só uma criança, a que soube seguir o caminho do calvário e sentir todo o peso da cruz sem nem mesmo tocá-la e ainda assim consolar os que sofriam.

Ela tem sido presente nos momentos mais barulhentos e só com o olhar me diz "silêncio". Minhas preocupações ela leva em suas pequenas mãos e as substitui por amor.

Quando me falta paciência, ela oferece colo. Quando me falta esperança ela me oferece seu filho. Assim, nada me falta. Tudo tenho, mesmo quando não tenho nada. Tudo sou, mesmo quando nada me sinto. Tudo quero, mesmo quando nada me apetece. E nunca estou só, mesmo quando falta mãos.

Gaude, Maria Virgo. Gaude millies (Alegrai-vos Virgem Maria. Alegrai-vos mil vezes)
Tuus ego sum, et omnia mea tua sunt (Sou todo vosso, e tudo o que possuo é vosso)

Trechos de uma das orações do "Verdadeiro Tratado de devoção a Virgem Santíssima - S. Luís Maria
Grignion de Montfort"

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Retrô

Lembram-se daquele tempo em que nossos pais e avós sentavam-se em suas calçadas - tarde da noite - e contavam suas histórias e estórias, contavam piadas inocentes mas que arrancavam de nós belas e longas gargalhadas, do café quentinho com bolacha ou bolo, os coleguinhas que se juntavam para brincar de coisas infantis (de verdade), corriamos tanto que a noite corria rápido, dava tristeza quando acabava. E nos deitavamos para dormir ainda com o coração acelerado de tanto correr e mal podíamos esperar chegar o novo dia para começar tudo de novo.

Havia mais gentileza, as crianças dirijiam-se aos seus velhos como "senhor (a)", pediam a benção ao chegar, ao sair, ao deitar, ao acordar. Televisão ainda não era coisa popular, as famílias ainda sentavam-se na mesa e conversavam sobre tudo. Os pais iam até a cama dar beijo de boa noite. Os filhos corriam para a cama dos pais em noites de tempestades.

Tudo mudou. A maldade sempre existiu. Mas hoje ela não tem vergonha na cara. Nós mudamos e ela agora sorrí com seus dentes de chumbo. Deixamos a maldade entrar em nossas vidas. Perdemos o rumo, o jeito, a vergonha. Nos acomodamos e deixamos ela fazer parte das nossas vidas. Já nem mais a reconhecemos nas pessoas de tão banal.

Ensinamos os nossos filhos a mentir, damos a eles mal exemplo dando-lhes belas lições de vingança, discórdia, desamor. Nossos pais, já não lhes damos a bênção. Nosso avós, já não os visitamos ou beijamos a cabeça branquinha. E nem ligamos mais para suas histórias, ou rimos de suas piadas.

As mulheres mantêm-se com seus maridos por necessidade financeira, e não mais por amor. É antiquado dizer que ama. Os maridos já não passam seus domingos em casa consertando os eletrodomésticos quebrados. Já não compartilham "juntos" aquela velha e bela macarronada de domingo. Cada um no seu cantinho com seu prato. A mesa é objeto de decoração.

As fotografias, sim as de papel, enfeitavam nossos albúns, e sempre nos reuníamos para reve-las e recordar. Cada fotografia uma lembrança, um cheiro, uma história, uma emoção. Hoje temos orkut e facebook, mas as fotografias são de nossos "amigos" (?), eles são cada vez mais diferentes, inconstantes. Os de ontem não são os de hoje. Os de hoje não serão os de amanhã. Engavetamos os albuns. Atualizamos os sites.


Antes, brigávamos por nossas famílias, lutávamos pela união, pelo amor, pelo respeito, pelo carinho. Hoje lutamos por emprego, jogamos, trapaceamos. Corremos feito loucos no trânsito, não gostamos de sinais vermelhos ou de pedestres. Odiamos filas. Nos incomoda o fato de um estranho iniciar uma conversa, somos mal educados.

O que mudou? Para onde foram aqueles que fomos um dia? Como era mesmo seus rostos? E os nossos valores? Onde estamos indo?

(...)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

E ela pinto o sol... (Por Bia Cunha)

Estava lendo o tratado de devoção à nossa senhora e achei um bilhete que recebi há exatos 8 anos de uma amiga muito querida. Fiquei emocionada com o carinho da época e que permanece o mesmo até hoje, até esse instante. Entro no meu e-mail em seguida e recebo mais esse lindo presente: o poema abaixo, feito por ela para mim...

Compartilho com vocês esse carinho tão valioso de uma amiga escritora. A você Bia (Girassol), o meu carinho e respeito SEMPRE. Obrigada! Amuuuuuu

******

O céu opaco não anima esta menina, mas ela enfrenta os pequenos pingos e sai, vasculha a sua volta em busca de gravetos ou pedra pontiaguda para riscar o sol.
Ela se assusta com os trovões que uivam como lobos, mas não vai até que sua gravura tenha se acabado. Não economiza nas hastes e ainda o faz sorrindo.
Só que o céu não sorri e lança-lhe mais chuva.
Ela corre guarda seus brinquedos, mas não tão longe porque tem esperança que logo poderá construir seu castelo na areia. Volta pra janela e se aquece com cobertores, não tira os olhos do céu.
Na sua vontade infanto quer sol, mas o tempo é de chuva.
É inverno.
E ela olha pro chão e seu sol se apagou na lama, não se conformou com os pingos que o apagaram a esperança de brincar, espera um vacilo de sai outra vez. Desta vez faz um sol maior que o anterior. Troca as hastes por tentáculos, distrai-se como pintor e sua obra-prima... sem desanimar ela acaba e corre de volta para se enxugar e esperar o sol sair.
Passaram dias, semanas até meses e a chuva não lhe deu tréguas.
E ela enfim entendeu que tudo tem seu tempo basta saber esperar, mas ela acrescentou que esperará sempre, mas tentando fazer do inverno uma nova arte, uma alegria, uma brincadeira e que nunca a chuva lhe tiraria o fôlego para desejar e sonhar, ao contrário ela esperou construindo ideias.

E por fim quando a chuva nem era mais tão forte ou assustadora ela voltou e com seu instrumento rabiscou um sol com hastes simples e uma frase:
- eu sempre pintarei o sol dentro de mim.



Bianca Cunha, 20/06/2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Força em nós

A gente ouve dizer que é preciso aproveitar todas as oportunidades, que em meio a acontecimentos ruins é sempre possível extrair algo de bom. Acho que é verdade. Tudo depende de como enxergamos as coisas, as pessoas, os acontecimentos.

A noite não dura uma eternidade, assim como o sol, mas cada um tem o seu tempo, sua hora. A chuva por mais forte que seja, mesmo que venha a se tornar uma tempestade, num lugar do mundo ela destrói lavouras e casas, em outro lugar do mundo ela dá vida, ela faz crescer vegetação, ela renova o solo castigado.

Se te atiram pedras, recolhe uma a uma, constrói uma grande e forte muralha. As pedras podem até te machucar, mas não irão te derrotar, ao contrário, te tornarão mais forte. É no fogo que o ouro é provado.

sábado, 11 de junho de 2011

Brasão Capitalístico


O teu corpo raquítico encolhido nas mil calçadas desta cidade que escancara na mídia seu brasão capitalístico, ali imóvel e adormecido enquanto pés e pernas e braços e corpos inteiros movimentam-se apressadamente sem te ver. Precisam trabalhar. São mil pensamentos que lhes bloqueiam o visão, lhes furtando a reflexão da culpa ou mesmo da ausência de humanidade ou quiçá da ignorância.
São tão frágeis teus membros, teus cabelos misturados à poeira do chão e teu corpo não reclama a ausência de um fino cobertor, ou mesmo de roupa ou calçado, ou banho, ou ...
Não vês que é hora de acordar, o sol já escancara seus raios e te ilumina todo, e seu tato quente já não te queima a pele, já não te dilata os poros, já não encolhe tuas pupilas.
O teu estômago não se queixa das três refeições, ou mesmo de duas, nem mesmo a primeira, pois nem essa houve. Amanhã talvez...
O dia passa e em tuas mãos não pesa uma moeda sequer, e teus braços já nem insistem mais em manter-se esticados e com as mãos espalmadas cobre-te o rosto.
É noite! O corre-corre recomeça: pés, pernas, braços e corpos inteiros movimentam-se apressadamente sem te ver. É hora de regressar ao quente, embora humilde, lar. E os automóveis soltam seus gases, estrondam suas buzinas, e ultrapassam os sinais e todos têm tanta pressa... p r e s s a.
Logo tudo fica vazio e silencioso novamente. E recolhes novamente teu corpo raquítico nas mil calçadas desta cidade que...
Eis o brasão capitalístico...

Eduardo e Mônica


Esse vídeo foi produzido pela Vivo para o dia dos namorados. Progandas à parte, é um vídeo muito legal. Compartilho com vocês ao mesmo tempo que desejo a todos blogueiros UM FELIZ DIA DOS NAMORADOS, mesmo para os solteiros. Feliz de quem já conheceu o amor, viveu e sofreu com e por ele, e ainda assim não perdeu o desejo de continuar amando.

Aos meus AMIGOS: Bia e Adriano, Bruna e Rodrigo, Geraldinho e Mirele, Bruno e Aninha, Resende e Miranda, Natalia e André, Uilma e Tadeu, Diego e Paula, Sidney e Rosana, Almir e Cristiane, Lúcio e Gisele, Márcia e Dércio, Rô e Léo, Jane e Antônio, Jô e Jô... (ops, falta alguém?) Ahã, falta sim!  Falta Mô e Mômô.

Bom é isso! Amem amem e amem!

Inteligência maquiavélica

A inteligência maquiavélica favorece a mentira e a torna base sólida de seus investimentos.
A mentira pode surgir por várias razões: quando se teme que a verdade traga conseqüências negativas, por insegurança, por baixa auto-estima, por ganhos ou regalias ou por razões patológicas. Indiferente ao motivo, eu acredito que a mentira aparece dada a falta de barreiras tanto externas quanto internas que balizem o comportamento: MORAL.
As pessoas que usam a mentira como uma ferramenta freqüente tendem a banalizar ou até mesmo catalogá-la como positiva, benéfica e até mesmo a rotulam como “mentira branca”.
Num grau elevado, a mentira é utilizada como autopromoção (tenta aparecer sob uma luz mais favorável) é um limiar entre o real e a farsa para então dar inicio às tramas com intuito de obter vantagens fraudulentas.
Mas estas fronteiras aos poucos vão tornando-se nítidas com o viés da verdade. A mentira pode se encontrar numa justificativa patológica. Muito embora, em algumas pessoas, não seja uma doença, mas é como UM CÂNCER NO CARÁTER.
Ainda surpreende e assusta-me quando me deparo com pessoas que detém esse tipo de inteligência (maquiavélica), e fico tentando encontrar qual a melhor forma de lidar com pessoas assim. Reagir às suas ações e tramas ou silenciar? Um lado acredita que ao reagir pode-se equiparar-se ao “inteligente maquiavélico”, o outro acredita que quando se opta pelo silêncio torna-se presa frágil - talvez fatal - e ainda permite que injustiças sejam cometidas.
Por outro lado existe o inimigo da mentira: a consciência. Se a temos, acreditamos que toda mentira um dia é abatida pela verdade que sempre vem à luz, pois a mentira habita na sombra e tem como conselheiro o “malígno”. A verdade está sempre sobre a luz, quem a tem como companheira não se esconde e não se omite. É um conflito.
Os mentirosos quando sentem-se ameaçados por suas vitimas, tentam a todo custo eliminá-las usando os meios mais escusos e podem ir até as últimas consequências, não medindo esforços para alcançar o objetivo. Mentirosos não toleram "testemunhas", a não ser que elas compactuem com seus propósitos. Se não pactuam, logo são inimigos que precisam ser eliminados para que estes não arranquem de seu rosto a máscara que esconde a real face.
Bom, finalizo com uma citação de alguém que amo muito e que, graças a Deus, não tem este tipo de câncer: "O pior mal é aquele que nos transforma. Portanto siga! Sempre olhando para frente e deixando que o mal passe e volte para sua casa. Afinal ele tem dono."

Tudo um dia vem à luz.

Uma recomendação literária: Robert Feldman, autor do livro "O mentiroso em sua vida". É um livro surpreendente e revelador. Vale a pena le-lo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

E tudo vale a pena

Vou tentar correr à frente do sol e chegar antes de você acordar
Atravesso a porta do meu inconsciente procurando não fazer barulho algum
E enquanto espero o teu acordar revivo uma vida inteira

Vou pensando em tudo o que gostaria de falar, mas coisas que sirvam apenas para nós dois
Palavras de bem, desejos vitais, calores e frios alternados enquanto caio de braço em teu abraço

O mundo assim até parece normal, e tudo até vale a pena
Assim, é fácil ver mar onde só tem sequidão

O dia vem, clareou e o sol apareceu surpreso por me ver

Sorriu faceira e moleca fazendo-lhe uma careta como se tivesse ganho uma corrida

Volto o olhar para você e vejo teus olhos abertos

E aquelas palavras que tanto ensaiei simplesmente somem

E tudo até vale a pena

terça-feira, 7 de junho de 2011

Felicidade

Gosto deste trecho da música de Tom Jobim que diz “A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve! Mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar”.
Dizem que felicidade é um estado de espírito, outros dizem que a felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. Há ainda quem diga que felicidade é o resultado de ações positivas que nos gera satisfação.
Acredito que a felicidade é resultante de nossas ações e de como elaboramos os acontecimentos das nossas vidas. È como comparar um sábio a um ignorante. O primeiro faz proveito de seus problemas e os usa como fonte de fortalecimento, amadurecimento, crescimento. O segundo, apenas sente-se vítima de seus problemas e passa a vida a lastimar-se.
A felicidade não está diretamente ligada a fatos e acontecimentos agradáveis, mas à forma como as encaramos. Podemos ganhar o carro do ano e simplesmente não ser feliz com isto. Como também, podemos ganhar um forte e inesperado abraço de alguém que gostamos e isto fazer o nosso dia feliz.
Tudo depende de “como” estamos. Este “vento” a que Tom Jobim se refere, é exatamente isto, nossa predisposição a aceitar, a acolher os acontecimentos e transformar seus resultados em energias positivas ou negativas. Sempre dependerá de nós.
Eis a receita, agora é só fazer o bolo. rsssssss

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Livros

Posso sentir o doce e o amargo misterioso do corredores do tempo transformando-se em livros de história – minha história
E tudo vai-se transformando em canções – belas canções – sobre a vida de épocas passadas vibrando em meu sangue, correndo em mim, transformando-se em mim, revivendo em mim, renascendo em mim
Meus medos erguem-se do tumulo transfigurado em força e dançam o ritmo da maré e da enchente
O céu se reverte em misteriosas nuvens que ocultam segredos que queremos ouvir, e dele ouve-se apenas uma tempestade elétrica que nos umedece e tranforma
As vidas que nos rodeia, delas pode-se experimentar o doce e o salgado, cada encontro, cada paixão, cada calor, saborear sua fragência, seu sabor
E com elas, como numa torrente desordeira, mergulhar no mar escuro sem medo de afogar-se
E permito-me emocionar meus sentidos além de toda pressa, de todo porvir
E, no fim de tudo, ainda posso sentir o sussurro do vento e admiro a quietude que aplana a desordem de todo ser e sentir
Guardo meus livros
E descanso

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coisa de gente grande

Aprendi que nem todas ovelhas, são de fato ovelhas. E que nem todas as raposas são de fato raposas. Nem sempre a mão que se estende está de fato estendida. Nem todas que lhe atiram pedras de fato que rem te atingir. Nem todas as pessoas que dizem "eu te amo" de fato amam. Nem sempre os que nos inspiram confiança, de fato a merecem. Complicações de gente grande.

Mas aprendi também que nem tudo precisa ser justificado, explicado, e que existem certas inocências que não precisam ser provadas. Se temos Deus por testemunha, então que venham os exércitos. Ele se porá a nossa frente e combaterá conosco e algumas vezes Ele mesmo lutará em nosso lugar. É ai que cabe o silêncio. Certa vez li que a "inocência é silenciosa". Acredito mesmo que seja. Ao menos hoje eu acredito.

Somos tão imperfeitos, tão cheio de desvios, de inclinações, de julgamentos. As vezes recriminamos coisas no outro que nós mesmo fazemos. Num grau maior ou menor, mas fazemos. E mesmo que não façamos, a nós não cabe julgar o outro. Ao entrarmos nessa esfera é preciso ter a consciência de que nossos julgamentos uma vez feitos talvez não possam ser desfeitos, sempre terá concequência para quem é julgado. E mais, precisamos estar dispostos a ver o outro sofrer tais consequências. A pergunta é: Isso nos deixará tranquilos? A consciência permanecerá imaculada?

Sempre tive muita raiva quando tinha que assumir uma culpa que não era minha para não ver quem amava sofrer. Mas o sofrimento era infinitamente menor que o prazer de vê-la poupada. Hoje rimos das situações, das culpas infantis. Mas sempre considerei, isso desde criança, que minhas culpas são minhas e a mim cabe admiti-las. E as vezes que assim não agi, a noite me roubava o sono e o travesseiro me acusava. E, aquela atitude de criança para ver os irmãos ilesos, hoje não aplico. Veio a idade das consequências. Mas ainda continuo admitindo minhas culpas, as dos outros... bom a eles lhes cabe. E as que me são atribuidas - voltando ao início do texto - HOJE permito-me o silêncio e o prazer de ter um Deus tão bom por testemunha e mais ainda, combatendo COMIGO os MEUS combates. E tinha que ser Ele mesmo... Tem que ser Ele mesmo. Afinal é o único que nos conhece de verdade, sabe tudo o que está no nosso coração.

E assim a peneira da vida vai cumprindo seu papel separando o que é bom e o que é ruim. E cabe a nós seguir em frente, continuar acreditando no ser humano, criar novas perspectivas e alargar os horizontes. E o mais importante: continuar amando. Não permitir que nada nos torne frios, distantes, incapazes de demonstrar afeto ou mesmo raiva, incapazes de nos envolver mais uma vez, e outra, e mais outra e...

Como Sr. AJP costuma sempre dizer "deixar passar o que passa".

Tatá, Bia e Ninha: Isso também é para vocês... Amo vocês!!!