segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Balé para dois

Meu poema não tem flores, nem versos, nem rimas
Nem poema é ou será
Mas as palavras dançam em minha mente
Bailarina solitária rodopiando num balé para dois

Na vastidão do que sinto agora
Os aromas destes passos inundam o universo de mim
Sento-me diante do espelho e cuidadosamente penteio os cabelos
Delineio os traços dos meus olhos profundos como um rio negro
E o rosa da minha boca borrado num beijo que não dei

Recolho as velhas sapatilhas de laços longos e acetinados
Afasto o pó de mim que nelas ficou
Desenrolo a meia dos meus sonhos e visto minhas pernas
Elas me calçam então

E mais uma vez dançamos
Assim, na ponta dos pés que é para não apagar o teu rastro

Porque ainda te sigo

7 comentários:

  1. Dançar nas pontas dos pés, para não apagar os rastros de quem a gente ainda quer...que lindo Luiza.
    Beijos de uma deliciosa noite pra ti querida.

    ResponderExcluir
  2. Linda dança e poesia!beijos,chica e tudo de bom!

    ResponderExcluir
  3. .


    Conheci você em borboletando e acabei
    com cheiro de flor.

    Desculpa, não resisti; estou seguindo
    o seu blog.

    silvioafonso






    .

    ResponderExcluir
  4. Olá Luiza
    Obrigado pela visita ao meu blog e pelo comentário. Quando puder volte, vou gostar muito.
    Bjux

    ResponderExcluir
  5. Ainda há os olhos,
    ainda há as asas,
    ainda há a poesia!

    Beijo.

    ResponderExcluir

Cada click é um toque, um afago, um carinho. Obrigada por ter vindo, lido e comentado. Paz!