sábado, 13 de agosto de 2011

Assim, sem querer

Era uma tarde como outra qualquer
Nem quente, nem fria, nem outono, nem viril
Peguei na mão da minha ousadia e sai
A terra ainda umedecida pela água que logo cedo caíra
Exalava um cheiro que lembro bem

Silêncio: é uma canção!
Eu a conheço!
Ah, é o rio... ele tem pressa. Há um encontro, precisa ir correndo
Mas vai cantando e contando aos que encontra no caminho sua história
Lhe saúdo e sigo.


Ainda não sei bem onde vou
Mas minha ousadia ainda segura firme na minha mão
Sinto: Sou livre como aquele rio que segue
Ou como aquela terra úmida
Ou como o cheiro que sai dela
Ou como algo que ainda não conheço, mas o sou

Não tenho rumo, nem prumo
E tenho tudo, tudo me tem, tudo me detém
Me descalso de mim e deixo meus pés nús - d e s p i d o s
Que criem vida! Sejam livres! Ousem e sigam!

Vê? Eles vão...

Confúcio disse que nada dura, mas tudo se transforma

Por isso, assim, sem querer

Engoli um casulo

E hoje...

Uma borboleta mora em mim

assim, sem querer

3 comentários:

  1. Voa borboleta.

    Muito poético e filosófico, amiga!

    o blog está muito bonito... assim como sua alma em transição. Ser feliz rejuvenesce

    beijinhos

    ResponderExcluir
  2. Florrrr!!!

    Enquanto ela bate asas dentro de mim vai tirando tudo do lugar. O estranho que a bágunça está me organizando...

    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Viu como a borboleta acaba nascendo?? Ela só espera o tempo certo. Pode voar e se encantar, sabendo que, se cair, basta levantar e tudo recomeçar.

    Bjs.

    ResponderExcluir

Cada click é um toque, um afago, um carinho. Obrigada por ter vindo, lido e comentado. Paz!