sábado, 11 de junho de 2011

Inteligência maquiavélica

A inteligência maquiavélica favorece a mentira e a torna base sólida de seus investimentos.
A mentira pode surgir por várias razões: quando se teme que a verdade traga conseqüências negativas, por insegurança, por baixa auto-estima, por ganhos ou regalias ou por razões patológicas. Indiferente ao motivo, eu acredito que a mentira aparece dada a falta de barreiras tanto externas quanto internas que balizem o comportamento: MORAL.
As pessoas que usam a mentira como uma ferramenta freqüente tendem a banalizar ou até mesmo catalogá-la como positiva, benéfica e até mesmo a rotulam como “mentira branca”.
Num grau elevado, a mentira é utilizada como autopromoção (tenta aparecer sob uma luz mais favorável) é um limiar entre o real e a farsa para então dar inicio às tramas com intuito de obter vantagens fraudulentas.
Mas estas fronteiras aos poucos vão tornando-se nítidas com o viés da verdade. A mentira pode se encontrar numa justificativa patológica. Muito embora, em algumas pessoas, não seja uma doença, mas é como UM CÂNCER NO CARÁTER.
Ainda surpreende e assusta-me quando me deparo com pessoas que detém esse tipo de inteligência (maquiavélica), e fico tentando encontrar qual a melhor forma de lidar com pessoas assim. Reagir às suas ações e tramas ou silenciar? Um lado acredita que ao reagir pode-se equiparar-se ao “inteligente maquiavélico”, o outro acredita que quando se opta pelo silêncio torna-se presa frágil - talvez fatal - e ainda permite que injustiças sejam cometidas.
Por outro lado existe o inimigo da mentira: a consciência. Se a temos, acreditamos que toda mentira um dia é abatida pela verdade que sempre vem à luz, pois a mentira habita na sombra e tem como conselheiro o “malígno”. A verdade está sempre sobre a luz, quem a tem como companheira não se esconde e não se omite. É um conflito.
Os mentirosos quando sentem-se ameaçados por suas vitimas, tentam a todo custo eliminá-las usando os meios mais escusos e podem ir até as últimas consequências, não medindo esforços para alcançar o objetivo. Mentirosos não toleram "testemunhas", a não ser que elas compactuem com seus propósitos. Se não pactuam, logo são inimigos que precisam ser eliminados para que estes não arranquem de seu rosto a máscara que esconde a real face.
Bom, finalizo com uma citação de alguém que amo muito e que, graças a Deus, não tem este tipo de câncer: "O pior mal é aquele que nos transforma. Portanto siga! Sempre olhando para frente e deixando que o mal passe e volte para sua casa. Afinal ele tem dono."

Tudo um dia vem à luz.

Uma recomendação literária: Robert Feldman, autor do livro "O mentiroso em sua vida". É um livro surpreendente e revelador. Vale a pena le-lo.

2 comentários:

  1. Quem vive verdadeiramente? Quem exerce a própria essência, plenamente, em todos os momentos? A mentira é o maior fenômeno social! E os que dela se utilizam constantemente ficam cada vez mais longe da perfeição... E adoecem. A verdade é a cura! Muito bom, Luiza!

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  2. É, é um câncer. Mas tem cura. O problema é que a mentira é também como um vício, e é necessário o viciado ter consciência e querer curar-se. Mas nem todos querem. Para alguns, mentira é alimento e dele dependem.

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