sábado, 14 de maio de 2011

Osama não morreu

Já havia postado este texto mas volto a postá-lo. FIco impressionada com a ilusão americana e por que não dizer mundial, por achar que com a morte (?) de Osama o mundo se livra de mais um terrorista. Talvez, penso eu, ele tenha muito mais força agora do que antes, visto que seus seguidores o proclamam de mártir e não medirão esforços (e bombas) para dar seguimento às suas "idéias de paz e liberdade".
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Certa vez li que nossa maior fraqueza é olharmos as mesmas barbáries do passado e transferi-las a conceitos que já não satisfazem a mente moderna. Este mesmo artigo nos conduzia a refletir sobre imperialismo americano jogando sua magnânima bomba atômica nas nações mulçumanas. E se eles por sua vez, radicais ou fundamentalistas, implantassem o terror desmedido a todas as nações que lhes são contrárias? E se os judeus destruíssem os palestinos? Quem é o verdadeiro diabo, Hitler ou Mussolini? Matar 3.000 pessoas justifica o holocausto de 30 mil? (Japão x Pearl Harbour / EUA x Iroshima e Nagasaki) Quem é o diabo dessa história? Quem é o detentor da maldade? Que medida, que consciência, que razão, que sensatez ela tem? Quem a provocou?

Ainda haverá outras guerras que nos parecerão diabólicas e que os povos não menearam com qualquer estigma de reprovação. Afora essas divindades que várias nações proclamam funestas e ainda assim as honram com terror religioso. Todavia, há de se notar que um falso culto heróico lhes rendeu, entretanto os marcou com terrível e indelével abominação.

Se nada é realmente bom ou mal, como é defendido por alguns, então não existe nenhum padrão de valor além das preferências pessoais. Aposte-se na corrente oposta (os corajosos), cuja base é a renovação da consciência da maldade que muitas vezes uni-se com o interesse ressuscitado na natureza do mal (essencialmente). Basta-se lembrar das hipóteses de progresso (que progresso?), que trazem impressas em suas bandeiras o sangue extraído dos horrores marcados na história da humanidade. Reavalie-se. Seria então a maldade inerente à natureza humana?
 
Eu particularmente prefiro deter minhas preocupações na maldade que parece ter-se tornado permanente na conduta humana. Mas deveríamos fitar-nos a aprender a conviver com a essência do mal inserida em nosso ser? Seria impossível então distanciarmo-nos dela? Como poderíamos dar inicio ao processo de (r) evolução recriando o conceito de progresso e por que não dizer dos padrões da vida?

Não seria hora de alargar a visão para os conflitos da alma e, com coragem, buscar alguma chance por menor que possa ser, de afastar a humanidade da ruína que a desenha com tanto apreço e zelo?
Clamo aos corajosos.

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