quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A arte de apenas seguir

Instante sublime
Momento incontestável de magnitude humana
É assim! Àquela hora em que paramos e pensamos: que direção seguir?
Os atalhos que a vida nos oferece, as várias possibilidades
Aquele segundo breve e pálido onde devemos apenas decidir e, seja qual for à decisão, por mais que conheçamos os caminhos, jamais, em tempo algum, poderemos conhecer o seu final sem antes percorrê-los. E muitas vezes nem mesmo o caminho nós conhecemos.
Mergulhamos num breu impetuoso impulsionados apenas por uma força desconhecida que nos leva a acreditar que tudo dará certo.
Depositamos ali expectativas, sonhos, desejos e nos entregamos de forma tal que todas as pedras parecem apenas plumas e flores acariciando nossos pés enquanto apenas seguimos.
Forma certa? Errada? Quem há de julgar? Dedos falsos e maldosos insistem em nos apontar como se donos fossem da mais absoluta verdade enquanto vivem suas vidas de irreais moralidades.
Mas seus gritos agourentos não podem emudecer nossa voz, nosso canto. Seus olhos incriminadores não podem embaçar nossa visão impedindo-nos de apreciar o caminho que, certo ou errado, escolhemos seguir.
Se dará certo? Quem há de garantir? Não temos garantias! Enganam-se quem crê que as tem. No máximo o que poderá acontecer é arrebentarmo-nos num rochedo implacável ao final da estrada, todavia as flores do caminho ainda resistirão em nossa memória. E, como nossa natureza nos induz, levantaremos e seguiremos de novo, e de novo, e mais uma vez.
Construiremos novas histórias. Percorreremos novos caminhos. Colheremos novas flores. Guardaremos novas paisagens.
Certo ou errado? Quem há de julgar?
Quem há de gritar nosso nome nas ruas como se fossemos malditos mouros? Ou façam-nos de meros tumbeiros?
Apenas sigamos! Revistos pelo escafandro mais belo e mergulhemos no útero do mar. Permitamos que o gentil crepúsculo guie-nos e assim, refaçamo-nos como apenas e simplesmente atóis repletos dos mais belos e coloridos corais. E ali nossa estória recomeça e já não os ouvimos nem os vemos.

Um comentário:

  1. Amiga,

    Vi-me no alto céu, num penhasco com asas gigantescas e a imensião celeste, nuvesn, ventos, outros pássaros de diversas e espécies e eu, lá, abrindo as asas para alçar o vôo, enchendo o pulmão de ar e ..... indo... voar...

    "No máximo o que poderá acontecer é arrebentarmo-nos num rochedo implacável ao final da estrada, todavia as flores do caminho ainda resistirão em nossa memória. E, como nossa natureza nos induz, levantaremos e seguiremos de novo, e de novo, e mais uma vez".

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