Não vou te dar a eternidade de mim
Nem roubar-te o que já te dei de ti
Não quero tuas mãos dada às minhas, presas e pregadas
Tampouco teus pés usando as formas dos meus
Não precisa seguir o meu horizonte, segue tua verticalidade
Apenas peço-te que deixes ao menos minha sombra, se é que é minha
E mantenha-se nela em silêncio puro e contínuo, obediente
Refugiarei-me das lembranças que um dia foi
No verso de mim ainda há as marcas e contornos teus
Braços e pernas e troncos e pensamentos misturados e dispersos
Eternizamo-nos no porvir de um sonho que não será
Emaranhando meus eus com os teus, ainda somos
E o espelho ainda embaçado guarda a imagem de quem somos de fato
Ali, mudos, estáticos, inertes, frios, distantes...
E vai aos poucos registrando o furor do tempo
Eu na minha horizontalidade, você na sua verticalidade
Eu saindo de mim para ser em ti, em passos lentos e retos
Mas ainda em direcções opostas
Lembrei do Camões e de toda contradição da alma.
ResponderExcluirBusca. Entrega. Apego. Desapego. Ânsia. Suadade. Promessa. Necessidade.
Lindo, Lu!
Oi Luiza, que triste sua poesia.
ResponderExcluirO amor as vezes nos apronta cada uma...e ficam as recordações.
Achei lindo teu jeito de poetizar.
Parabéns.
Beijos e obrigada pelo carinho no meu blog.
Bia, o pobre do Camões deve ter ficado bravo com você amiga! kkkkkkkkkkk, adorei!
ResponderExcluirBjs no coração e obrigada pelo carinho de sempre!
Ps. Não esqueci o passeio não. Depois te conto o que houve!
Bjs
Querida Majoli, obrigada pelo carinho. Adoro suas visitas.
ResponderExcluirSinta-se em casa...
Bjsssssss