E foi assim, criando e recriando, rejuntando pedaços e pequenos fragmentos de mim que tornei-me quem sou e assusta-me concluir que não sei. Mas presumo que este é o encantamento que torna tudo possível: não conhecer os limites, não ter todas as respostas, não saber identificar todos os sentimentos – e tão somente senti-los. É como cair de um penhasco e gritar com um sorriso rompendo o selo dos meus lábios que adoro voar. E vôo. Sinto o vento agredir-me o rosto e vejo tudo tão pequeno que não há como me assustar. E abro meus braços como se pudessem abraçar tudo ao mesmo tempo: e posso!
E vôo cada vez mais. Salto de penhascos cada vez mais altos. Tenho asas nos pés como Hermes (ou Mercúrio). Difere-me apenas o fato de não ser mensageira dos deuses e nem ousaria ser-lo, mas de mim mesma.
Não tenho medo! Mas sinto aquele friozinho na barriga que antecipa ora momentos bons, ora momentos ruins. Não importa. Preparo-me para todos e caminho (vôo) por estes dois pólos vivendo tudo ao seu tempo i n t e n s a m e n t e.
E quando tudo acabar quero continuar voando (com minhas asas nos pés), rompendo cada nuvem e abraçando o impossível porque, sinceramente, não desejo outra coisa senão continuar a pular de meus mais altos penhascos.
Belíssimas palavras.
ResponderExcluirBelo blog, parabéns.
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Olá Natalia, obrigada pela visita e pelo comentári. Já visitei sua indicação e estou adorando.
ResponderExcluirVolta sempre
Luiza